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terça-feira, 28 de outubro de 2014

A Interação Humano-Computador e o design da interface-usuário

A Interação Humano-Computador e o design da interface-usuário



Durante os últimos 20 anos, a tecnologia tem avançado tanto que quase todo o mundo tem contato com sistemas computacionais de uma forma ou de outra .

Isto tem aumentado o especto dos usuários, já que, longe de estes se restringirem aos técnicos em Eletrônica ou Informática, agora incluem pessoas de qualquer área do conhecimento e de variados graus de conhecimento da tecnologia.

Um dos desafios da Interação Humano-Computador (IHC) consiste em se manter em dia nos avanços tecnológicos e em assegurar que eles sejam aproveitados para levar ao benefício humano máximo.

A principal razão pela qual se investe em pesquisa na indústria na área de IHC é a busca do aumento da eficiência e a produtividade dos funcionários, e, consequentemente, de um maior ganho financeiro.

 Por que se preocupar com a IHC?

Quando os computadores apareceram no cenário, na década de 1950, eram extremamente difíceis de usar e confusos. Isto acontecia por uma série de motivos:

·      As máquinas eram muito caras e o custo do tempo humano era grande  se comparado ao do equipamento;
·      Os computadores eram usados apenas por especialistas (cientistas e engenheiros), que tinham familiaridade com o funcionamento de um programa;
·      Não se sabia muito sobre como tornar os computadores e os sistemas fáceis de usar.
Hoje, a situação é completamente diferente:
·      Os equipamentos eletrônicos estão ficando cada vez mais baratos;
·      Os usuários emergem de diferentes áreas do conhecimento;
·      Sabe-se muito mais acerca de como produzir sistemas fáceis de usar.
Assim, os sistemas devem ser projetados de forma a atender às necessidades e se acomodar às capacidades das pessoas às quais eles são endereçados.

Durante a explosão da tecnologia nos anos 70, a noção de interface-usuário, identificada à de interface homem-máquina, começou a se tornar uma preocupação dos projetistas de software.

Moran (1981) definiu a interface-usuário como: “aqueles aspectos do sistema com os quais o usuário entra em contato”. o que, por sua vez, significa “uma linguagem de entrada para o usuário, uma linguagem de saída para o sistema, e um protocolo de interação” (Chi, 1985).

As companhias ficaram conscientes de que, se não melhorassem as interfaces, não venderiam o software, e surgiu ai o termo user-friendly, referindo-se a uma tela mais organizada e clara.

Infelizmente, essa noção se restringiu a aspectos estéticos, deixando de lado, ainda, características mais profundas que fizessem com que as interfaces atendessem, de fato, às necessidades do usuário.

Felizmente, começaram  a se preocupar com a forma como os computadores poderiam enriquecer, melhorar a qualidade do trabalho e da vida das pessoas. Aos poucos, começaram a se integrar ao estudo aspectos psicológicos e cognitivos, fatores humanos envolvidos na interação do ser humano com os artefatos tecnológicos em geral e com computador em particular.

Novas definições para a expressão “interface-usuário” e para o campo da Interação Humano-Computador (IHC) surgiram: “um conjunto de processos, diálogos e ações por meio dos quais um ser humano utiliza e interage com um computador” (Baecker e Buxton, 1987); “A IHC é uma disciplina preocupada com o design, a avaliação e a implementação de sistemas computacionais interativos para o uso humano e com o estudo dos fenômenos que o circundam.” (ACM SIGCHI, 1992)

Numa primeira visão, considerando o computador como um tipo de máquina, poderia se pensar na IHC como parte da Interação Homem-Máquina. No entanto, embora a interação de um ser humano com um computador tenha muitos aspectos em comum com a interação de um ser humano com uma máquina qualquer, ela tem  aspectos inerentes que a diferenciam. Estes aspectos se referem ao processo de uso, à dinâmica da interação.

Mais recentemente, novos prismas do uso de computadores entraram no cenário, levando à preocupação com treinamento, práticas de trabalho, aspectos de gerenciamento e organizacionais.



 Desafios da IHC

Informação armazenada em bases de dados ao longo do mundo está ficando acessível às pessoas desde suas próprias casas. Este contexto tecnológico coloca dois desafios importantes para os designers de interfaces:

·      Como se manter ao par das mudanças tecnológicas;
·      Como assegurar que o seu design ofereça boa IHC além de maximizar a funcionalidade potencial da nova tecnologia.
Estes desafios ficam aparentes quando se pensa em aparelhos do dia-a-dia, como um telefone público.
A necessidade da inserção de um cartão, o tom de discar, o som da chamada, a série rápida de sons para o telefone receptor ocupado, fazem parte da interface-usuário do aparelho.

Estes aspectos são familiares para os habitantes de uma cidade, mas completamente desconhecidos - e imprevisíveis - para pessoas do interior que nunca visitaram uma cidade.

Uma nova situação se apresenta no uso, por exemplo, de um telefone celular, que exige o aprendizado de novas funções e códigos.

Novo problema de interface ocorre, em particular, na situação de se querer ligar de um lugar qualquer para um celular: É necessário - e válido - incluir o código da cidade? É necessário - e válido - inlcuir o código da telefônica?
  
Metas da IHC

As metas da IHC consistem em produzir sistemas usáveis e seguros, assim como sistemas funcionais.

Estas metas podem ser resumidas em “produzir ou aperfeiçoar a segurança, a utilidade, a efetividade, a eficiência e a usabilidade de sistemas que incluem computadores.” (Interacting with computers, 1989), onde:

“Sistema” deriva da teoria de sistemas e se refere não somente a hardware e software mas ao ambiente inteiro - seja ele uma organização de pessoas trabalhando, em casa ou em propósitos de lazer - que usa ou é afetado pela tecnologia computacional em questão;

“Utilidade” se refere à funcionalidade do sistema ou, em outras palavras, às coisas que ele consegue fazer;

Melhorar “efetividade” e “eficiência” são objetivos evidentes;

A segurança em sistemas computacionais assume proporções enormes em sistemas do tipo life-critical;

Usabilidade é um conceito crucial em IHC, e se preocupa em tornar os sistemas fáceis de aprender e usar.
O pressuposto subjacente à área de IHC consiste em que as pessoas que utilizam um sistema devem vir primeiro. Suas capacidades, necessidades e preferências para a realização das atividades devem determinar as maneiras em que os sistemas são projetados. As pessoas não devem ter que mudar radicalmente sua forma de atuar para se adaptarem ao sistema; é o sistema que deve ser projetado de forma a atender às suas necessidades.

A importância da IHC

Não é difícicl proporcionar exemplos de quando as coisas não vão bem no uso de um software. Frustração, sub-utilização e não-uso de tecnologia computacional na indústria são indicadores de interfaces pobres. No entanto, mostrar os benefícios financeiros da pesquisa em IHC é mais difícil.

Apesar disso, hoje parece estar claro que não é uma tecnologia em si mesma que melhora o trabalho e a vida das pessoas, mas, sim, a forma como ela é usada.

O interesse atual pela consideração dos fatores humanos decorre, por um lado, do reconhecimento da pobreza da maioria dos sistemas no tocante à facilidade de uso e, por outro, da vontade dos desenvolvedores de construir sistemas que atendam aos usuários de forma eficiente.

 

Acomodação da diversidade humana

Os sistemas, e as interfaces em particular, devem tomar precauções para garantir o atendimento das necessidades inerentes à diversidade humana.
Entre outros, devem ser levados em consideração:
·         As habilidades físicas e os espaços de trabalho;
·         As habilidades perceptivas e cognitivas;
·         As diferenças pessoais;
·         A diversidade cultural e os aspectos universais;
·         Os usuários com necessidades especiais;
·         Os usuários da terceira idade.

Fonte:<https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=6&cad=rja&uact=8&ved=0CDwQFjAF&url=http%3A%2F%2Fwww.inf.ufpr.br%2Fsunye%2Fihc%2FIHCUnid1.rtf&ei=FsBPVNrZNsKpgwTU14CIDA&usg=AFQjCNEHwE4lkuvQLgApmoSgvxQvIHjw9g&sig2=1w9TP1kTuKpV39a6PRK_aw&bvm=bv.77880786,d.eXY>Acesso: 28 out. de 2014

Aluna:Letícia Cristina Dias de Vasconcelos  RA:517094


Um comentário:

  1. Analisando o artigo escrito pela nossa colega Letícia Cristina, é possível verificar uma mudança de foco referente ao que foi proposto pelo professor Geraldo. O artigo está totalmente voltado a mostrar o que é INTERAÇÃO HUMANO-COMPUTADOR, e não dá nenhum estudo de caso sobre como alguma empresa tem aprimorado a interação humano-computador. Acredito também, que o texto que foi baseado totalmente na fonte descrita poderia ser um pouco mais sintetizado a fim de facilitar o entendimento dos leitores.

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