A
Interação Humano-Computador e o design da interface-usuário
Durante os últimos 20
anos, a tecnologia tem avançado tanto que quase todo o mundo tem contato com
sistemas computacionais de uma forma ou de outra .
Isto tem aumentado o
especto dos usuários, já que, longe de estes se restringirem aos técnicos em
Eletrônica ou Informática, agora incluem pessoas de qualquer área do conhecimento
e de variados graus de conhecimento da tecnologia.
Um dos desafios da
Interação Humano-Computador (IHC) consiste em se manter em dia nos avanços
tecnológicos e em assegurar que eles sejam aproveitados para levar ao benefício
humano máximo.
A principal razão
pela qual se investe em pesquisa na indústria na área de IHC é a busca do
aumento da eficiência e a produtividade dos funcionários, e, consequentemente,
de um maior ganho financeiro.
Por que se preocupar com a IHC?
Quando os computadores
apareceram no cenário, na década de 1950, eram extremamente difíceis de usar e
confusos. Isto acontecia por uma série de motivos:
·
As máquinas eram muito caras e o custo do
tempo humano era grande se comparado ao
do equipamento;
· Os
computadores eram usados apenas por especialistas (cientistas e engenheiros),
que tinham familiaridade com o funcionamento de um programa;
· Não se
sabia muito sobre como tornar os computadores e os sistemas fáceis de usar.
Hoje, a situação é
completamente diferente:
· Os
equipamentos eletrônicos estão ficando cada vez mais baratos;
· Os
usuários emergem de diferentes áreas do conhecimento;
· Sabe-se
muito mais acerca de como produzir sistemas fáceis de usar.
Assim,
os sistemas devem ser projetados de forma a atender às necessidades e se
acomodar às capacidades das pessoas às quais eles são endereçados.
Durante a explosão da
tecnologia nos anos 70, a noção de interface-usuário,
identificada à de interface homem-máquina, começou a se tornar
uma preocupação dos projetistas de software.
Moran (1981) definiu
a interface-usuário como: “aqueles aspectos do sistema com os quais o
usuário entra em contato”. o que, por sua vez, significa “uma linguagem
de entrada para o usuário, uma linguagem de saída para o sistema, e um
protocolo de interação” (Chi, 1985).
As companhias ficaram
conscientes de que, se não melhorassem as interfaces, não venderiam o software,
e surgiu ai o termo user-friendly, referindo-se a uma tela mais
organizada e clara.
Infelizmente, essa noção
se restringiu a aspectos estéticos, deixando de lado, ainda, características
mais profundas que fizessem com que as interfaces atendessem, de fato, às
necessidades do usuário.
Felizmente, começaram
a se preocupar com a forma como os
computadores poderiam enriquecer, melhorar a qualidade do trabalho e da vida
das pessoas. Aos poucos, começaram a se integrar ao estudo aspectos
psicológicos e cognitivos, fatores humanos envolvidos na interação do ser
humano com os artefatos tecnológicos em geral e com computador em particular.
Novas definições para
a expressão “interface-usuário” e para o campo da Interação Humano-Computador
(IHC) surgiram: “um conjunto de processos, diálogos e ações por meio dos quais
um ser humano utiliza e interage com um computador” (Baecker e Buxton,
1987); “A IHC é uma disciplina preocupada com o design, a avaliação e a
implementação de sistemas computacionais interativos para o uso humano e com o
estudo dos fenômenos que o circundam.” (ACM SIGCHI, 1992)
Numa primeira visão, considerando o
computador como um tipo de máquina, poderia se pensar na IHC como parte da
Interação Homem-Máquina. No entanto, embora a interação de um ser humano com um
computador tenha muitos aspectos em comum com a interação de um ser humano com
uma máquina qualquer, ela tem aspectos
inerentes que a diferenciam. Estes aspectos se referem ao processo de uso, à
dinâmica da interação.
Mais recentemente,
novos prismas do uso de computadores entraram no cenário, levando à preocupação
com treinamento, práticas de trabalho, aspectos de gerenciamento e
organizacionais.
Desafios da IHC
Informação armazenada
em bases de dados ao longo do mundo está ficando acessível às pessoas desde
suas próprias casas. Este contexto tecnológico coloca dois desafios importantes
para os designers de interfaces:
· Como se
manter ao par das mudanças tecnológicas;
· Como
assegurar que o seu design ofereça boa IHC além de maximizar a
funcionalidade potencial da nova tecnologia.
Estes
desafios ficam aparentes quando se pensa em aparelhos do dia-a-dia, como um
telefone público.
A
necessidade da inserção de um cartão, o tom de discar, o som da chamada, a
série rápida de sons para o telefone receptor ocupado, fazem parte da
interface-usuário do aparelho.
Estes aspectos são
familiares para os habitantes de uma cidade, mas completamente desconhecidos -
e imprevisíveis - para pessoas do interior que nunca visitaram uma cidade.
Uma nova situação se
apresenta no uso, por exemplo, de um telefone celular, que exige o aprendizado
de novas funções e códigos.
Novo problema de
interface ocorre, em particular, na situação de se querer ligar de um lugar
qualquer para um celular: É necessário - e válido - incluir o código da cidade?
É necessário - e válido - inlcuir o código da telefônica?
Metas da IHC
As metas da IHC
consistem em produzir sistemas usáveis e seguros, assim como sistemas
funcionais.
Estas metas podem ser
resumidas em “produzir ou aperfeiçoar a segurança, a utilidade, a
efetividade, a eficiência e a usabilidade de sistemas que incluem computadores.”
(Interacting with computers, 1989), onde:
“Sistema”
deriva
da teoria de sistemas e se refere não somente a hardware e software mas ao
ambiente inteiro - seja ele uma organização de pessoas trabalhando, em casa ou
em propósitos de lazer - que usa ou é afetado pela tecnologia computacional em
questão;
“Utilidade”
se
refere à funcionalidade do sistema ou, em outras palavras, às coisas que ele
consegue fazer;
Melhorar
“efetividade” e “eficiência” são objetivos evidentes;
A segurança
em sistemas computacionais assume proporções enormes em sistemas do tipo life-critical;
Usabilidade
é
um conceito crucial em IHC, e se preocupa em tornar os sistemas fáceis de
aprender e usar.
O pressuposto
subjacente à área de IHC consiste em que as pessoas que utilizam um sistema
devem vir primeiro. Suas capacidades, necessidades e preferências para a
realização das atividades devem determinar as maneiras em que os sistemas são
projetados. As pessoas não devem ter que mudar radicalmente sua forma de
atuar para se adaptarem ao sistema; é o sistema que deve ser projetado de forma
a atender às suas necessidades.
A importância da IHC
Não é difícicl
proporcionar exemplos de quando as coisas não vão bem no uso de um software.
Frustração, sub-utilização e não-uso de tecnologia computacional na indústria
são indicadores de interfaces pobres. No entanto, mostrar os benefícios
financeiros da pesquisa em IHC é mais difícil.
Apesar disso, hoje
parece estar claro que não é uma tecnologia em si mesma que melhora o trabalho
e a vida das pessoas, mas, sim, a forma como ela é usada.
O interesse
atual pela consideração dos fatores humanos decorre, por um lado, do
reconhecimento da pobreza da maioria dos sistemas no tocante à facilidade de
uso e, por outro, da vontade dos desenvolvedores de construir sistemas que
atendam aos usuários de forma eficiente.
Acomodação da diversidade humana
Os sistemas, e as
interfaces em particular, devem tomar precauções para garantir o atendimento
das necessidades inerentes à diversidade humana.
Entre outros, devem
ser levados em consideração:
·
As habilidades físicas e os espaços de
trabalho;
·
As habilidades perceptivas e cognitivas;
·
As diferenças pessoais;
·
A diversidade cultural e os aspectos
universais;
·
Os usuários com necessidades especiais;
·
Os usuários da terceira idade.
Fonte:<https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=6&cad=rja&uact=8&ved=0CDwQFjAF&url=http%3A%2F%2Fwww.inf.ufpr.br%2Fsunye%2Fihc%2FIHCUnid1.rtf&ei=FsBPVNrZNsKpgwTU14CIDA&usg=AFQjCNEHwE4lkuvQLgApmoSgvxQvIHjw9g&sig2=1w9TP1kTuKpV39a6PRK_aw&bvm=bv.77880786,d.eXY>Acesso: 28 out. de 2014
Aluna:Letícia Cristina Dias de Vasconcelos RA:517094